domingo, 7 de junho de 2009

8ª AULA (02/06/2009)


Na última aula continuamos e concluímos a discussão do texto: "Contextos de alfabetização na aula", de Ana Teberosky e Núria Ribeiro.
Como vimos na aula anterior é de suma importância que o professor propicie aos alunos o manuseio de diferentes suportes de textos, como livros, revistas, jornais, panfletos, encartes de supermercados, entre outros. É importante ainda que o professor proponha atividades que contemplem tais suportes, como por exemplo, a categorização, ou seja, a classificação dos mesmos, identificando a função de cada um, que atendem a uma determinada perspectiva de leirura. As crianças devem compreender que a escrita necessita de uma superfície concreta para existir, para ter função e os suportes de textos constituem-se nessa superfície. Com o manuseio constante desses suportes as crianças acabam por diferenciar os gêneros textuais pela representação tipográfica dos mesmos, ainda que não saibam ler convencionalmente, elas acabam por identificar o que é um poema e o que é uma prosa, por exemplo, que têm representações tipográficas bem distintas.
É papel do professor escolher para as suas aulas leitruras que tenham como foco as aprendizagens dos alunos. Uma estratégia interessante nesse sentido é a organização da leitura dos gêneros textuais por dias das semana, como por exemplo:

2ª feira - Textos jornalísticos
3ª feira - Poemas
4ª feira - Receitas culinárias
5ª feira- História em prosa
6ª feira - História ou outro gênero trazido pelos alunos

A organização pode variar de acordo com as necessidades de aprendizagem das turmas, e pode também ser alterada no decorrer do ano letivo. Como professora procuro utilizar essa estratégia com minhas turmas nos momentos da roda de leitura no início de cada aula e tem dado resultados significativos.
Quanto aos contextos de leitura que devem ser estar presentes no cotidiano e na sala de aula das crianças em processo de alfabetização, é importante o contexto no qual a criança observa o adulto a ler. É interessante ainda envolver a criança nesse ato, pedindo-a para que colabore no sentido de procurar nomes na lista telefônica, folhear o jornal etc., ainda que a mesma não saiba ler convencionalmente. Esse envolvimento constitui-se num estímulo para a prendizagem e o adulto ( pais, professor) deve ser um mediador, um estimulador da construção de conhecimento da criança.
No processo de alfabetizaçaõ a criança diferencia claramente o desenho da representação gráfica (escrita), ainda que a princípio não relacione adequadamente o desenho àquilo que está escrito próximo a ele, ela sabe dizer com precisão o que é desenho e o que é escrita.
Outro contexto importante na alfabetização é a demonstração de imagens e a realização de perguntas sobre a mesma, levando a criança a desenvolver o potencial de interpretação textual e trabalhando as inferências através da análise de figuras e imagens. Aos poucos, com o avanço da criança no processo de alfabetização, ela percebe que nem tudo o que está escrito é representado por imagens.
Todos os contextos de alfabetização expostos no texto são de extrema importância para a construção do conhecimento da criança no processo de alfabetização e cada um deles visa atingir um propósito específico na aprendizagem.
A leitura de textos para os alunos é de grande importância para a ampilação do vocabulário dos mesmos. Na Educação Infantil uma estratégia de grande valor nesse sentido é o estabelecimento das rodas de conversa, nas quais o professor pode explorar oralmente um texto lido ou uma imagem significativa, possibilitando às crianças exporem suas impressões e, ainda, permitir que as crianças relatem fatos de suas vidas pessoais. Essas estratégias proporcionam a ampliação do vocabulário e facilitam a exploração dos sinônimos muito presentes em nossa língua materna, inserindo novas palavras, que provavelmente serão utilizads de forma contextualizada pelas crianças. Quanto mais rico o vocabulário da criança, maior será sua facilidade de compreensão do texto. Como professora, utilizo muito as rodas de conversa e de leitura nas minhas turmas e posso perceber os avanços que elas proporcionam aos alunos.
É importante também colocar a criança no papel de produtora do texto, onde o adulto (professor ou pais) passa é o escriba. Nessa atividade de produção textual, que pode ser coletiva, o professor escreve o texto falando em voz alta a palavra que será escrita e perguntando as crianças como se escreve esta ou aquela palavra ou sílaba, trabalhando a associação grafema/fonema, fazendo com que a criança pense sobre a escrita e compreenda que a palavra é composta por partes (unidades) que se complementam e que tem sentido.
O professor deve se colocar também no papel de produtor de textos para as crianças, construindo bilhetes, avisos, histórias, mostrando a elas o texto de sua autoria e a finalidade do mesmo.Essa tarefa se constitui num estímulo para a escrita da criança. É importante também criar situações nas quais a criança escreva, confrontando-a com a própria escrita.
Ainda que pareça difícil, o uso do computador como recurso ao processo de alfabetização tem bastante relevância e acrescenta novos conhecimentos pertinentes ao universo da leitura e da escrita da criança. No teclado e na tela do computador pode-se explorar a utilização das letras maiúscula e minúscula, além de diferentes representações tipográficas, com ponto final, vírgula, ponto de interrogação etc.
A alfabetização é um processo que vai muito além da visão tradicional que se tinha há décadas atrás e que perdura ainda em algumas salas de aulas, através de professores que não ousam inovar e quepreferem continuar fazendo aqulio que lhes traz segurança. A alfabetização deve se ampliar na perspctiva do letramento, ampliação essa que é quase impossível de se obter com o modelo de alfabetização tradicional. Quanto mais contextos de desafios, de problematização o professor cria, mais ele aumenta as possibilidades de aprendizagem dos alunos.
A discussão desse texto, concomitante com os comentários do professor Ivan, foi muito importante para mim, tanto como estudante, quanto como professora, me acrescentando novos conhecimentos, teóricos e práticos, e reforçando alguns que eu já possuía. Pude aprender novas estratégias que são ótimas para serem utilizadas com meus alunos.
Ao final da aula o professor fez comentários e deu algumas explkicações sobre a socialização dos blogs na próxima semana e também sobre a auto-avaliação que termos que fazer com base nos propósitos e nos descritores do Portfólio Eletrônico.
Continuem acompanhando minha jornada por esta maravilhosa disciplina!!!






Um comentário:

  1. Krisna, nesta postagem, você poderia colocar os tópicos teóricos que foram apontados pelas autoras e que foram o foco de nossos debates.

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