quinta-feira, 23 de julho de 2009

12ª AULA (30/06)


Na aula desse dia os alunos que optaram pela realização da prova escrita ao invés da proposta do Portfólio Eletrônico, ficaram em outra sala realizando tal prova. Os demais alunos presentes ficaram na sala de aula, divididos em grupo, de acordo com a proposta feita pelo professor Ivan, fazendo uma releitura do texto "Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem", de Emilia Ferreiro e destacando os pontos principais do mesmo. A proposta inicial era a discussão dos pontos destacados pelos grupos ainda nesssa aula, porém como não foi possível em virtude da falta de tempo e do fato de o professor Ivan ter que ficar assistindo os alunos que estavam realizando a avaliação alternativa na outra sala, o mesmo dividiu o texto em partes e cada grupo ficou responsável por fazer uma exposição dde sua parte na próxima aula. O grupo no qual eu estava inserida ficou com a parte que vai do último parágrafo da página 11 à página 12. Nesse trecho pudemos destacar que:
  • a criança em processo de alfabetização enfrenta problemas em estabelecer relações entre as partes e o todo, tanto na escrita quanto na leitura das palavras;
  • ao se deparar com a escrita de uma palavra no plural, uma vez que a situação em que isso seja exigido seja a apresentação de duas ou mais figuras de um mesmo objeto ou animal, por exemplo, três cadeiras, a criança provavelmente colocará uma letra representando cada cadeira, mas ao tomar essa atitude ela entra em conflito com uma hipótese muito poderosa para ela: "a hipótese da quantidade mínima";
  • na "hipótese da quantidade mínima", a criança tem certeza de que para escrever uma palvra ela necessita de mais de uma letra. No geral as crianças quando iniciam o processo de alfabetização costumam colocar muitas letras para escrever uma palavra, logo se ela colocou uma letra para representar cada uma das cadeiras, essa situação não ficará por muito tempo confortável para ela, que provavelmente buscará uma nova alternativa;
  • se for proposto à criança escrever primeiramente CADEIRA, somente no singular e, em seguida, mostrar a ela três cadeiras e pedir que escreva, por três vezes, que refere-se à quantidade de cadeiras mostradas à ela. A criança repetirá a sequência,mas modificará a posição das letras, confirmando uma outra hipótese forte para a criança, a da "variação interna"; agirá de maneira diferente. A hipótese mais provável é que a criança repita a sequência de letras que utilizou para escrever cadeira;
  • na hipótese da "variação interna", a criança utiliza as letras de seu repertório, mas modifica a posição das mesmas para escrever palavras iguais ou diferentes, pois para ela as letras não podem se repetir na escrita das palavras;
  • todas essas tentativas da criança colaboram muito para a estabilização futura da relação entre as partes e o todo e apesar de, para muitos não apresentarem o menor significado, principalmente para aqueles que se pautam numa visão tradicional de alfabetização, todas essas hipóteses requerem um grande esforço de pensamentos e conhecimentos por parte da criança.

Um comentário:

  1. Krisna, suas postagens são sempre muito bem elaboradas!! Você faz uma boa análise dos textos lidos e está, a todo momento, vislumbrando sua prática!! Os descritores foram bem desenvolvidos, bem como os propósitos. É óbvio que, devido ao tempo, alguns deles não tenham sido contemplados em sua inteireza, mas você demonstrou que é capaz!!

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